Desde que o primeiro número – mais concretamente, o Nº 0 – da revista Bang! foi lançado, em Agosto de 2005, outros trinta e três saíram para as bancas – o mais recente, o Nº 33, precisamente, tem data de Maio deste ano de 2023. O principal objectivo da publicação sempre foi, como se compreende e seria de esperar, a apresentação, a divulgação e a valorização dos livros editados pela Saída de Emergência. Porém, uma grande parte das páginas da Bang! tem sido reservada desde o início para artigos de autores – ficcionistas, ensaístas, cronistas – portugueses sobre diferentes aspectos da ficção científica, da fantasia e do terror, com destaque para a(s) sua(s) história(s), tendências, convergências e divergências, ligações, e, claro, os seus protagonistas.
Alguns desses textos mais significativos dos últimos 18 anos têm sido como que relançados nos últimos 12 meses no sítio da revista. É de destacar «Literatura erudita vs. literatura popular» por António de Macedo, David Soares e João Seixas, «Fantasia urbana ou romance paranormal? As características e os segredos dos dois géneros que tomaram conta dos tops» de Safaa Dib, «Sobre o fantástico na literatura portuguesa» e «Fantasia e realidade – Os pais da ficção científica» de David Soares, «Nova vaga, novas capas – Quando a ficção científica ousou não se parecer com ficção científica» de Pedro Piedade Marques, «José Saramago – O Nobel da Ficção Científica» de José Candeias, «Ao sol de Newton – a FC “hard”, oitenta anos depois» de João Seixas, «Livros míticos ou a biblioteca (quase) invisível» de António de Macedo e «História do breve cinema de terror português» de João Monteiro.
Mais recentemente ainda, no passado mês de Junho, duas emissões consecutivas do Bangcast – esta e esta, com Bruno Martins Soares, Luís Corte Real e Luís Filipe Silva – foram dedicadas à selecção e à revelação de quais poderão ter sido os 20 livros mais importantes (juntamente com algumas «menções honrosas») da colecção «Bang!», no ano em que se celebra as duas décadas daquela colecção. Entre as obras mencionadas podem encontrar-se «A Sombra Sobre Lisboa», «Lisboa no Ano 2000» «Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa», «O Evangelho do Enforcado» e «Terrarium – Um Romance em Mosaicos». De referir que «A República Nunca Existiu!» não fez parte das escolhas, mas foi mencionado (embora sem alusão ao criador e organizador daquela antologia) a propósito de outro livro.