A alternativa está, de novo, no Porto

Nos próximos dias 24, 25 e 26 de Novembro decorrerá n(o auditório Casa Comum d)a Reitoria da Universidade do Porto o 2º Encontro Internacional de História Mundial «e se?» Tal como na primeira edição, realizada em 2019, a organização da iniciativa é liderada pela Invicta Imaginária, colectivo criativo responsável pelo projecto Winepunk. Mas em 2020 há uma parceria com três centros de investigação da UP – CETAPS, I2ADS e REQUIMTE – e ainda outras diferenças relativamente ao ano passado: um tema principal – «Arte e História Alternativa» – e três dias de comunicações e de debates em vez de um, o que possibilita mais assuntos e mais participantes…

… Que incluem, nos primeiros, «O nada na Geografia e na História – Elefantes, mapas, terras renegadas e possibilidades alternativas», «Modelando o passado – Usando a História da Ciência para prever cenários alternativos em legislação baseada em ciência», «O Mundo sem mulheres punk», «Mulheres e homens na tecnologia – Uma proposta histórica alternativa para iguais», «Da Física às Artes – A necessidade crucial de um futuro alternativo», «E se pudéssemos ser heróis apenas por um dia? A possibilidade improvável de uma carreira artística em Portugal», «História Alternativa e as estradas musicais menos viajadas» e «Jogando com a História – Como a história da ciência pode ser uma alternativa», e, nos segundos, Cristina Garrido, Dora Dias, João Carlos Correia, João Ventura, José Ferraz-Caetano, Ondina Pires, Orfeu Bertolami, Paula Guerra, Paulo Almeida, Pedro Campos e Renata Frade. Durante o encontro deverá ser inaugurada (no final do primeiro dia) a exposição «Retratos secretos e oficiais da Monarquia do Norte durante a guerra civil de 1919-1922», e realizado (no final do terceiro e último dia) o «Salão literário da Bela Época da Vinorevolução»…

… Que Ana da Silveira Moura, de novo a principal figura e força criadora e organizadora da iniciativa, assim explica: «Pretende-se durante uma hora e meia ter-se um salão literário, muito ao espirito da Belle Époque, mas com algumas caracteristicas próprias. Todos os participantes serão, um, personagens do universo Winepunk (cronologia e contos da primeria antologia “A Guerra das Pipas”), ou, dois, personagens históricas da época mas integradas no contexto do universo Winepunk, ou, três, (os participantes) mas como personagens ficcionais no universo Winepunk. Para explicar melhor o ponto três e tomando-me a mim como exemplo, teriamos a participar uma AMP Rodriguez mas com uma bio integrada nesse universo. A personalidade, se idêntica ou alterada, fica ao critério de cada um. Mais, os aforismos, réplicas e diálogos, e todas as outras variantes típicas dum salão literário que existam, têm de ser realizadas como se nada conhecessem para além do ano de 1922, quando a cronologia Winepunk termina. A participação será feita de forma virtual. Eu e o Jorge (Palinhos) estaremos presencialmente na Reitoria, conectados (com os participantes) e interagindo para dar o tom e moderar se necessário. Por exemplo, não iremos admitir duelos marcados para a madrugada na Cordoaria!»

Se alguns duelos fossem marcados pelo menos eles teriam a «vantagem» – e isto partindo do princípio de que seriam disputados com pistolas – de neles o «distanciamento social» ser algo de inerente. Porém, e infelizmente, não será só o «salão literário» a ter apenas espectadores – e participantes – à distância, remotamente, mas todo este segundo encontro. Talvez em 2021, aquando do terceiro, a pandemia tenha passado e tudo volte ao «normal».

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