… Ontem, no Teatro Rivoli, no Porto, para a apresentação na Cidade Invicta de «Mensageiros das Estrelas – Antologia de Contos de Ficção Científica e de Fantástico», no âmbito do Fantasporto 2013. Agradeço também à organização do mais importante festival internacional de cinema português, e em particular a Beatriz Pacheco Pereira, que com muita simpatia nos recebeu, a oportunidade que tão generosamente nos proporcionou. E este agradecimento não é apenas meu; é também dos restantes autores e organizadores e, especialmente, da editora Fronteira do Caos e dos editores Victor Raquel e Carla Cardoso, que experimentaram de forma especial esta ocasião por serem também da capital do Norte.
À mesa estiveram sentados, além de mim e de Victor Raquel, também Ana Cristina Luz, um(a) da(o)s autora(e)s do livro, e António Reis, da organização do festival. Para além da descrição e da explicação do processo que possibilitou a concretização de «Mensageiros das Estrelas», com destaque para o colóquio com o mesmo título, com duas edições (em 2010 e em 2012) já realizadas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que esteve directamente na sua origem, ainda se falou, e por mais que um interveniente, de António de Macedo e da sua importância enquanto cineasta, escritor… e amigo, enquanto alguém a quem muitos de nós devem a entrada, e «viagens», pelos mundos maravilhosos do mistério e da fantasia… e que, muito justamente, foi homenageado nesta 33ª edição do «Fantas». Ficou ainda a certeza de que a Ficção Científica & Fantástico tem uma importância e uma influência em Portugal muitos superiores à que continua a ser generalizadamente reconhecida. E deixou-se o desafio para que os organizadores do Fantasporto continuem a levar ao conhecimento dos cineastas as histórias – como as que estão incluídas no «Mensageiros…» – que podem proporcionar filmes, de curta, média e longa-metragem… que, quem sabe, poderão vir a ser exibidos em futuras edições do festival.
Outros temas poderiam ter sido debatidos no encontro de ontem? Sem dúvida, apesar de ter sido apenas a apresentação de um livro e não um colóquio literário. Mas cabe também a quem assiste, aos espectadores, aos leitores, e se quiserem, colocarem questões e corrigirem afirmações dos oradores que considerem estar erradas. Esse convite à discussão foi feito. Pelo que não se compreende que alguns se queixem do que ficou por dizer quando não só não tomaram qualquer iniciativa nesse sentido como nem sequer se deram a conhecer. Quem está «do lado de lá», como eu e os meus colegas de mesa no Rivoli, não tem (sempre) a obrigação de se lembrar de tudo a todo o momento.