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Com os contos praticamente revistos por todos os autores (atenção: quem não os entregar até quarta-feira deixa de ter oportunidade para efectuar modificações; também estão algumas biografias em falta), os últimos preparativos centram-se na maquetagem da capa, dos interiores, na obtenção do ISBN – pormenores que de facto pouco vos interessam.
Encontra-se confirmado o lançamento no Fórum Fantástico. Apenas receio a disponibilidade da Lulu.com para despachar a primeira remessa de exemplares a tempo.
Entretanto, como já devem ter notado se vieram ao site, apresenta-se o novo look da coisa, mais profissional que o anterior (felizmente a internet está repleta de belíssimos templates disponíveis para uso), e o título da antologia: POR UNIVERSOS NUNCA DANTES NAVEGADOS. Grande Camões!
(Apenas tenho pena que não tenhamos escolhido o planeta vermelho como tema. «Por Martes Nunca Dantes Navegados” ficaria a matar…)
As ideias, o contexto político, a visão – sua e dos outros – relativamente à escrita. São estes alguns dos elementos que constituem este ensaio que, não sendo uma biografia, já que desenvolve mais interpretações e contextos que propriamente os …
Uma Sensação de Desalento Há Mais de 40 Anos, ou, Então, Como Agora:
Infelizmente, o acanhado meio editorial do nosso país não permite grandes esperanças de profissionalização e os escritores, ou nascem em berço de ouro e podem dedicar-se inteiramente à sua vocação ou não têm essa sorte e são obrigados a um labor quotidiano após o qual, ou não têm tempo ou qualquer vontade, qualquer réstea de inspiração, se perdeu nessas horas de trabalho-sobrevivência. Daí, resulta necessariamente uma produção incerta – em qualidade, não em quantidade, entenda-se.
Da introdução do organizador Lima Rodrigues ao conto «Destruição» de Hélia (Maria Helena Sotto Baptista Brito de Sousa), na antologia Terrestres e Estranhos (1968).
Contra-argumento apenas neste ponto: a incerteza da produção implica a inexistência de prazos, e logo de público, e por conseguinte de uma vivência diária, obcecada, com o discurso literário. É tão difícil, nestas circunstâncias, atingir a qualidade como a quantidade. Mas eis um debate interessante para futuras ocasiões.
(PS – o editor termina a referida introdução com o seguinte apontamento, o qual não deixa de ser desconfortável no contexto em que se insere: «É de suspense e terror o conto “Destruição” que dela apresentamos; e curto, como Hélia gosta. Não é de modo algum o seu melhor, mas raramente um coordenador de trabalhos deste género consegue o melhor de cada autor e nós não somos, infelizmente, excepção.»)
ACTUALIZAÇÃO 16-05-2012: O referido conto pode ser encontrado aqui.