O início do mês já lá vai, e é hora de actualizar o estado do Viagem a Andrómeda. A coisa resume-se numa frase curta: o interregno passa a permanente, e o blogue chega hoje ao seu fim oficial.E este fim chega após 31 meses (dois anos e sete meses; Sete...
Arquivo do dia: 2014-10-05
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O início do mês já lá vai, e é hora de actualizar o estado do Viagem a Andrómeda. A coisa resume-se numa frase curta: o interregno passa a permanente, e o blogue chega hoje ao seu fim oficial.
E este fim chega após 31 meses (dois anos e sete meses; Setembro último contou pouco) de actividade regular, um pouco frenética e, pelo menos até meados deste ano, muito divertida. Ou, se preferirmos: o fim chega após 1307 artigos que suscitaram mais de 142000 pageviews e 1307 comentários (cerca de metade são meus, em resposta, mas ainda assim). E 16 "seguidores", o que é notável sobretudo quando se tem em consideração que eu não faço a mais pequena ideia de como funciona isso de se "seguir" este blogue.
Foi bom enquanto durou - em alguns períodos, foi essencial que mantivesse este espaço a funcionar -, mas para todos os efeitos a fórmula encontra-se esgotada, e manter o blogue ao mesmo ritmo começa a tornar-se mais cansativo do que divertido. Procurar notícias novas e escrever sobre elas nem sempre é fácil, e menos ainda quando começo a senti-lo como uma obrigação, ainda que somente para comigo mesmo. O meu ritmo de leituras, bem mais baixo do que aquele que tinha quando este blogue começou em Fevereiro de 2012, está longe de permitir um novo artigo sobre um livro a cada semana, e já "gastei" todas as leituras que tinha "de reserva". Ainda que a grande maioria das minhas leituras se mantenha na ficção científica e na fantasia, também aprecio outros géneros e outros autores; a título de exemplo, tenho ali na estante um Salinger, um Mário de Carvalho e um Vergílio Ferreira a apanhar pó e a pedir leitura há anos, e creio ser chegado o momento de lhes ceder algum tempo. O mesmo pode ser dito sobre o artigo semanal de cinema, ainda que seja incomparavelmente mais fácil arranjar duas horas para ver um filme. Convenhamos: é um tanto ou quanto cansativo (e, hoje em dia, completamente impossível) ver um filme à pressa numa noite de Segunda-feira para escrever sobre ele durante a madrugada e ter o artigo pronto algures durante Terça-feira (as horas a que os artigos de Terça-feira foram publicados nos últimos meses espelham isto na perfeição). Fiz isso durante meses, mesmo quando apetecia antes ver outra coisa qualquer - ou não ver o que quer que fosse.
Ao fim de tanto tempo, torna-se algo desgastante ter dois hobbies - ler e ver filmes - completamente subordinados a um terceiro - manter este blogue.
É certo: nada me obriga a manter os artigos de Terça-feira e de Sexta-feira, como nada me obriga a escrever artigos novos todos os dias excepto aos Sábados. Podia perfeitamente tornar o Viagem a Andrómeda num blogue irregular (era a ideia original, afinal de contas), e mantê-lo ao sabor do meu tempo livre e da minha disposição. Mas não seria a mesma coisa para os leitores e, acima de tudo, não seria a mesma coisa para mim. Para o bem ou para o mal, o blogue evoluiu num determinado sentido; mudar de direcção agora, sobretudo para pior, deixaria sempre um sabor amargo.
Um novo (e, dadas as circunstâncias, irrecusável) desafio profissional precipitou o resto: é tempo de terminar o Viagem a Andrómeda.
Dito isto, importa dizer mais uma ou duas coisas (para além das inúmeras lições que estes pouco mais de dois anos e meio me ensinaram). A primeira, como não podia deixar de ser, é agradecer a todos os leitores, identificados ou anónimos, tanto aqueles que utilizaram as caixas de comentários e o correio electrónico como aqueles que se mantiveram em silêncio mas que continuaram a acompanhar o que por aqui ia escrevendo. Quando comecei o Viagem a Andrómeda, estava longe de imaginar que o blogue fosse ter tantos leitores, e é com muita satisfação que olho para as estatísticas deste blogue. Obrigado a todos, portanto.
A segunda coisa que importa dizer é que não tenciono ausentar-me da blogosfera - e, mais especificamente, da blogosfera dedicada à ficção científica e à fantasia - por muito tempo. Tenho vindo a cozinhar um novo projecto, que por sinal nasce de uma ideia que emergiu neste blogue; algo que possa ter um módico de regularidade sem ser demasiado exigente, e que me proporcione uma maior flexibilidade no tipo de artigos que escrevo ou que menciono. Por enquanto, a coisa mantém-se no plano conceptual; ainda não tenho todos os moldes do projecto definidos, e nem sei se continuarei a utilizar o Blogger ou se optarei por outra plataforma (o Tumblr parece-me apelativo, ainda que o sistema de comentários não me pareça muito intuitivo). Assim que as minhas rotinas pessoais voltem a assumir uma forma mais concreta, dedicarei algum tempo a isto. Que é como quem diz: lá para finais de Outubro ou inícios de Novembro devo ter algumas novidades, e talvez ainda faça uma chamada aqui.
Até lá, deixo o meu muito obrigado e um até breve.
O início do mês já lá vai, e é hora de actualizar o estado do Viagem a Andrómeda. A coisa resume-se numa frase curta: o interregno passa a permanente, e o blogue chega hoje ao seu fim oficial.
E este fim chega após 31 meses (dois anos e sete meses; Setembro último contou pouco) de actividade regular, um pouco frenética e, pelo menos até meados deste ano, muito divertida. Ou, se preferirmos: o fim chega após 1307 artigos que suscitaram mais de 142000 pageviews e 1307 comentários (cerca de metade são meus, em resposta, mas ainda assim). E 16 "seguidores", o que é notável sobretudo quando se tem em consideração que eu não faço a mais pequena ideia de como funciona isso de se "seguir" este blogue.
Foi bom enquanto durou - em alguns períodos, foi essencial que mantivesse este espaço a funcionar -, mas para todos os efeitos a fórmula encontra-se esgotada, e manter o blogue ao mesmo ritmo começa a tornar-se mais cansativo do que divertido. Procurar notícias novas e escrever sobre elas nem sempre é fácil, e menos ainda quando começo a senti-lo como uma obrigação, ainda que somente para comigo mesmo. O meu ritmo de leituras, bem mais baixo do que aquele que tinha quando este blogue começou em Fevereiro de 2012, está longe de permitir um novo artigo sobre um livro a cada semana, e já "gastei" todas as leituras que tinha "de reserva". Ainda que a grande maioria das minhas leituras se mantenha na ficção científica e na fantasia, também aprecio outros géneros e outros autores; a título de exemplo, tenho ali na estante um Salinger, um Mário de Carvalho e um Vergílio Ferreira a apanhar pó e a pedir leitura há anos, e creio ser chegado o momento de lhes ceder algum tempo. O mesmo pode ser dito sobre o artigo semanal de cinema, ainda que seja incomparavelmente mais fácil arranjar duas horas para ver um filme. Convenhamos: é um tanto ou quanto cansativo (e, hoje em dia, completamente impossível) ver um filme à pressa numa noite de Segunda-feira para escrever sobre ele durante a madrugada e ter o artigo pronto algures durante Terça-feira (as horas a que os artigos de Terça-feira foram publicados nos últimos meses espelham isto na perfeição). Fiz isso durante meses, mesmo quando apetecia antes ver outra coisa qualquer - ou não ver o que quer que fosse.
Ao fim de tanto tempo, torna-se algo desgastante ter dois hobbies - ler e ver filmes - completamente subordinados a um terceiro - manter este blogue.
É certo: nada me obriga a manter os artigos de Terça-feira e de Sexta-feira, como nada me obriga a escrever artigos novos todos os dias excepto aos Sábados. Podia perfeitamente tornar o Viagem a Andrómeda num blogue irregular (era a ideia original, afinal de contas), e mantê-lo ao sabor do meu tempo livre e da minha disposição. Mas não seria a mesma coisa para os leitores e, acima de tudo, não seria a mesma coisa para mim. Para o bem ou para o mal, o blogue evoluiu num determinado sentido; mudar de direcção agora, sobretudo para pior, deixaria sempre um sabor amargo.
Um novo (e, dadas as circunstâncias, irrecusável) desafio profissional precipitou o resto: é tempo de terminar o Viagem a Andrómeda.
Dito isto, importa dizer mais uma ou duas coisas (para além das inúmeras lições que estes pouco mais de dois anos e meio me ensinaram). A primeira, como não podia deixar de ser, é agradecer a todos os leitores, identificados ou anónimos, tanto aqueles que utilizaram as caixas de comentários e o correio electrónico como aqueles que se mantiveram em silêncio mas que continuaram a acompanhar o que por aqui ia escrevendo. Quando comecei o Viagem a Andrómeda, estava longe de imaginar que o blogue fosse ter tantos leitores, e é com muita satisfação que olho para as estatísticas deste blogue. Obrigado a todos, portanto.
A segunda coisa que importa dizer é que não tenciono ausentar-me da blogosfera - e, mais especificamente, da blogosfera dedicada à ficção científica e à fantasia - por muito tempo. Tenho vindo a cozinhar um novo projecto, que por sinal nasce de uma ideia que emergiu neste blogue; algo que possa ter um módico de regularidade sem ser demasiado exigente, e que me proporcione uma maior flexibilidade no tipo de artigos que escrevo ou que menciono. Por enquanto, a coisa mantém-se no plano conceptual; ainda não tenho todos os moldes do projecto definidos, e nem sei se continuarei a utilizar o Blogger ou se optarei por outra plataforma (o Tumblr parece-me apelativo, ainda que o sistema de comentários não me pareça muito intuitivo). Assim que as minhas rotinas pessoais voltem a assumir uma forma mais concreta, dedicarei algum tempo a isto. Que é como quem diz: lá para finais de Outubro ou inícios de Novembro devo ter algumas novidades, e talvez ainda faça uma chamada aqui.
Até lá, deixo o meu muito obrigado e um até breve.
O início do mês já lá vai, e é hora de actualizar o estado do Viagem a Andrómeda. A coisa resume-se numa frase curta: o interregno passa a permanente, e o blogue chega hoje ao seu fim oficial. E este fim chega após 31 meses (dois anos e sete me...
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