Decorre durante o fim de semana de 26 e 27 de Julho de 2014 o Sci-Fi Lx, uma convenção internacional de ficção científica, a realizar no Instituto Superior Técnico (pólo da Alameda, Lisboa), das 10h à meia-noite no sábado, e das 10h às 20h no domingo.
Arquivo do dia: 2014-07-26
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Em 1975, o britânico M. John Harrison publicou The Centauri Device, uma space opera escrita com o propósito de subverter as convenções do (sub)género. Para todos os efeitos, Harrison foi bem sucedido na subversão - mas aquele que hoje considera ser o seu pior romance tornou-se na pedra angular da space opera moderna, que autores como Iain M. Banks e Alastair Reynolds desenvolveram a partir dos anos 80, influenciados por aquele futuro gritty, com o seu protagonista improvável e com a sua trama ambígua e desconcertante.
Mas o percurso de Harrison começa muito antes de revolucionar a space opera. Publicado pela primeira vez nas páginas da New Worlds de Michael Moorcock em 1966, deu um contributo inestimável para o movimento "New Wave", que viraria a ficção científica do avesso no final dos anos 60. De autor publicado passou a colaborador regular, crítico e editor. Em 1971 viu publicado o seu primeiro romance, The Commited Man - e no mesmo ano publicou ainda The Pastel City, título de abertura da série Viriconium e hoje um clássico da fantasia literária. A Storm of Wings, de 1980, e In Viriconium, em 1982, deram continuidade a este universo ficcional - e a colectânea Viriconium Nights, de 1985, reuniu boa parte dos contos nos quais Harrison explorou outras facetas de Viriconium. Após longo interregno, regressou à ficção científica em 2002 com Light, primeiro livro da trilogia Kefahuchi Tract; seguiram-se Nova Swing em 2006 e Empy Space em 2012.
Michael John Harrison nasceu em Rugby, no Warwickshire (Reino Unido) em 1945, e celebra hoje o seu 69º aniversário.