Arquivo do dia: 2014-07-05
4 artigos
Arquitecto de profissão e cineasta de vocação, António de Macedo revelou-se num dos mais irreverentes praticantes do cinema português. Pioneiro do "Cinema Novo", construindo uma obra cinematográfica conceptualmente arrojada tanto em termos formais como em termos temáticos. E se os primeiros fazem do conjunto da sua obra cinematográfica uma das mais originais que a sétima arte conheceu no nosso país, os segundos valeram-lhe problemas com a censura durante o Estado Novo, e um certo afastamento do mainstream que, porventura, terá contribuído para a falta de apoios nos últimos anos da sua carreira. Com A Primeira Mensagem, curta de 1961, abre a sua aventura pelo cinema - e Domingo à Tarde, de 1965, foi a primeira de várias longas-metragens, entre as quais se destacam Sete Balas para Selma (1967), Nojo aos Cães (1970), A Promessa (1972), O Rico, o Camelo e o Reino, ou o Princípio da Sabedoria (1975) ou Os Abismos da Meia-Noite (1982). Chá Forte com Limão, de 1993, marca o fim da carreira cinematográfica, ao longo da qual explorou conceitos e ideias do fantástico; O Emissário de Khalom, de 1987, será disso o exemplo perfeito, sendo uma das raras longas-metragens de ficção científica que o cinema português conheceu.
Mas a obra de António de Macedo não se limita ao cinema (e à televisão), possuindo ainda uma obra de grande relevância no contexto do fantástico literário português. Os Limites de Rudzky, de 1992, reúne três peças de ficção curta; seguiram-se os romances Contos de Androthelys (1993), Sulphira & Lucyphur (1995), A Sonata de Cristal (1996), Erotosofia (1998), O Cipreste Apaixonado (2000), As Furtivas Pegadas da Serpente (2004), a colectânea A Conspiração dos Abandonados (2007) e O Sangue e o Fogo (2011). A sua actividade escrita relevou-se também importante no ensaio, e ainda passou pela dramaturgia.
António de Macedo nasceu em Lisboa a 05 de Julho de 1931, e celebra hoje o seu 83º aniversário.
Seria inevitável que, mais cedo ou mais tarde, esta série semanal chegasse a Rocket Man, de Elton John - tema de 1972 que integra o seu quinto álbum, Honky Chatêau, e que faz uma curiosa aproximação temática a Space Oddity de David Bowie enquanto se inspira no conto The Rocket Man, de Ray Bradbury (que integra a colectânea The Illustrated Man). Um astronauta a preparar-se para a viagem para Marte, dividido entre a sua família na Terra e o seu trabalho para lá dos limites do planeta, numa letra exemplar de Bernie Taupin que dá o mote a um tema icónico na carreira de Elton John. Aqui fica hoje, numa versão ao vivo:
Hoje celebra-se mais um aniversário do nascimento de António de Macedo, amigo, mentor e mestre não só de mim mas também de muitos dos que em Portugal se dedicam à Ficção Científica & Fantástico. Não é a primeira vez que aqui o homenageamos no seu dia. Por isso, parabéns a […]
Sinopse: A tenente Eve Dallas é uma jovem polícia de Nova Iorque que se dedica ao trabalho de corpo e alma para fugir a um passado trágico que quer esquecer. Mas o passado teima em persegui-la quando um milionário é envenenado por uma mulher chamada Julianna Dunne.Eve reconhece logo esse nome: é o de […]