E Passaram-se, tão silenciosamente, dez anos.
Arquivo do mês: Março 2013
25 artigos
No próximo dia 7 de Abril, pelas 16 h, será apresentado o
nº 2 da Fénix fanzine, no Auditório da Biblioteca Almeida Garrett,
situado nos jardins do Palácio de Cristal no Porto.
A entrada faz-se pela
Rua de Entrequintas, nº 268,
onde teremos os autores e outros convidados a falar sobre
a ficção científica e fantasia em Portugal
e o papel dos fanzines,
para além da habitual sessão de autógrafos.
A entrada faz-se pela
Rua de Entrequintas, nº 268,
onde teremos os autores e outros convidados a falar sobre
a ficção científica e fantasia em Portugal
e o papel dos fanzines,
para além da habitual sessão de autógrafos.
Na verdade é uma edição portuguesa da antologia pela "mão" da Palirex (1970), de Lisboa, com tradução de Elsa Ferreira e impressa nas oficinas gráficas do Jornal do Fundão.
Esta antologia teve mais duas edições:
Novos Mundos de Fantasia, coord. Terry Carr (Palirex - Col. Antologias nº 13, 1970 – Portugal, 283pp); no Brasil também Novos Mundos de Fantasia, coord. Terry Carr (Distribuidora de Publicações, Lda, 1970, São Paulo, 1970, 283pp)
[New Worlds of Fantasy ed. Terry Carr (Ace A-12, 1967, 75¢, 253pp, pb); In England as Step Outside Your Mind (Dobson 1969)]
- 5 · Introdução · Terry Carr
- 7 · Divina Loucura (Divine Madness) · Roger Zelazny · ss Magazine of Horror Sum ’66
- 14 · Franqueadas as Portas do Céu (Break the Door of Hell) [Traveler in Black] · John Brunner · nv Impulse Apr ’66
- 53 · O Imortal (The Immortal) · Jorge Luís Borges · ss Labyrinths, New Directions, 1962
- 69 · O Pequeno Vale (Narrow Valley) · R. A. Lafferty · ss F&SF Sep ’66
- 85 · Vinho Cometa (Comet Wine) · Ray Russell · nv Playboy Mar ’67
- 107 · O Outro (The Other) · Katherine MacLean · ss New Worlds Jul ’66
- 112 · Um Coração Vermelho e Rosas Azuis (A Red Heart and Blue Roses) · Mildred Clingerman · ss A Cupful of Space, Ballantine, 1961
- 132 · Stanley, Escova de Dentes (Stanley Toothbrush) [as by Carl Brandon] · Terry Carr · ss F&SF Jul ’62
- 151 · A Gaiola (The Squirrel Cage) · Thomas M. Disch · ss New Worlds Oct ’66
- 167 · A Chegada de Lady Morte (Come Lady Death) · Peter S. Beagle · ss Atlantic Monthly Sep ’63
- 187 · Nacles (Nackles) · Curt Clark · ss F&SF Jan ’64
- 196 · O Quadro Perdido (The Lost Leonardo) · J. G. Ballard · ss F&SF Mar ’64
- 217 · «Thimoty» (Timothy) [Anita] · Keith Roberts · ss sf Impulse Sep ’66
- 231 · Basilisk (Basilisk) · Avram Davidson · nv *
- 256 · O Olho do Mal (The Evil Eye) · Alfred Gillespie · nv The Saturday Evening Post Jan 15 ’66
- [a numeração das páginas corresponde à edição nacional]
Esta antologia teve mais duas edições:
New Worlds of Fantasy No. 2 ed. Terry Carr (Ace 57271, 1970, 75¢, 254pp, pb)
- 9 · Introduction · Terry Carr
- 13 · The Petrified World · Robert Sheckley · ss If Feb ’68
- 23 · The Scarlet Lady [as by Alistair Bevan] · Keith Roberts · nv Impulse Aug ’66
- 63 · They Loved Me in Utica · Avram Davidson · ss *
- 67 · The Library of Babel [1941] · Jorge Luís Borges · ss Ficciones, Weidenfeld Nicolson, 1962
- 76 · The Ship of Disaster · Barrington J. Bayley · ss New Worlds Jun ’65
- 93 · Window Dressing · Joanna Russ · ss *
- 100 · By the Falls · Harry Harrison · ss If Jan ’70
- 108 · The Night of the Nickel Beer · Kris Neville · ss Escapade Dec ’67
- 118 · A Quiet Kind of Madness · David Redd · nv F&SF May ’68
- 148 · A Museum Piece · Roger Zelazny · ss Fantastic Jun ’63
- 158 · The Old Man of the Mountains · Terry Carr · ss F&SF Apr ’63
- 168 · En Passant · Britt Schweitzer · ss Habakkuk Dec ’60
- 175 · Backward, Turn Backward · Wilmar H. Shiras · nv *
- 196 · His Own Kind · Thomas M. Disch · ss *
- 206 · Perchance to Dream · Katherine MacLean · vi *
- 209 · Lazarus · Leonid Andreyev · ss, 1906; Weird Tales Mar ’27
- 229 · The Ugly Sea · R. A. Lafferty · ss The Literary Review Fll ’60
- 243 · The Movie People · Robert Bloch · ss F&SF Oct ’69
New Worlds of Fantasy No. 3 ed. Terry Carr (Ace 57272, 1971, 75¢, 253pp, pb)
- 9 · Introduction · Terry Carr
- 11 · Farrell and Lila the Werewolf [Sam Farrell] · Peter S. Beagle · nv guabi #1 ’69
- 39 · Adam Had Three Brothers · R. A. Lafferty · ss New Mexico Quarterly Review Fll ’60
- 53 · Big Sam · Avram Davidson · ss Alchemy & Academe, ed. Anne McCaffrey, Garden City, NY: Doubleday, 1970
- 61 · Longtooth · Edgar Pangborn · nv F&SF Jan ’70
- 107 · The Inner Circles · Fritz Leiber · ss F&SF Oct ’67
- 125 · Von Goom’s Gambit · Victor Contoski · ss Chess Review Apr ’66; F&SF Dec ’66
- 133 · Through a Glass—Darkly · Zenna Henderson · nv F&SF Oct ’70
- 165 · The Stainless Steel Leech [as by Harrison Denmark] · Roger Zelazny · ss Amazing Apr ’63
- 173 · Sleeping Beauty · Terry Carr · ss F&SF May ’67
- 187 · The Plot Is the Thing · Robert Bloch · ss F&SF Jul ’66
- 197 · Funes the Memorious [1941] · Jorge Luís Borges · ss Ficciones, Weidenfeld Nicolson, 1962
- 207 · Say Goodbye to the Wind [Vermillion Sands] · J. G. Ballard · ss Fantastic Aug ’70
- 227 · A Message from Charity · William M. Lee · ss F&SF Nov ’67
[informação sobre as antologias encontrada e recolhida em: http://www.philsp.com/]
Sara Farinha é autora do romance ‘Percepção, uma estranha realidade’ publicado pela Alfarroba, participou no terceiro e no quarto volumes da Antologia de Poesia Contemporânea ‘Entre o Sono e o Sonho’ da Chiado editora, publicou o conto ‘Dragões de Simir’ através do smashwords, é administradora do blogue ‘Sara Farinha’ e é co-autora do ‘Fantasy & Co.’ dedicado à publicação de contos de literatura fantástica.
Na Fénix número dois participa com um conto curto.
Marcelina G. Leandro: Será que nos queres falar um pouco de ti?
Sara Farinha: Sou uma jovem escritora, lisboeta de gema que adora ler, viajar, fotografar, ouvir música, cantar, assistir e criar histórias de todos os géneros e feitios, conviver com aqueles que partilham a minha vida e aprender. Não recuso um bom desafio, um convívio com amigos e não passo sem as minhas três muletas existenciais: café, chocolate e música.
MGL: Publicaste um livro "Percepção", como foi a tua experiência como autora publicada?
SF: A publicação de “Percepção” tem sido uma viagem importante. Com ela aprendi muitas coisas, formei ideias e opiniões que de outra forma não teria, e descobri que toda essa experiência facilitou muitas outras. Ponderei muito antes de dar esse passo. Fi-lo consciente de que se estiver disposta a trabalhar, a aprender com os erros, a arriscar, a ultrapassar a incerteza que a mudança nos traz, é possível transformar essa experiência em algo valioso. Fi-lo consciente de que a exposição exige uma responsabilidade acrescida e que era altura de assumi-la. Não tenho medo de assumir erros, nem de declarar que procuro, sempre, todos os dias, de forma consistente e dedicada, aprender com eles e progredir. Publicar “Percepção” foi a concretização de algo pelo qual trabalhei muito. Fazê-lo num país como o nosso, prova que nem todos os preconceitos são imutáveis, nem todos os esforços em vão. Prova que se estamos dispostos a ser sinceros, e a trabalhar por aquilo que mais desejamos, porque não?!
MGL: Pertences a equipa de Fantasy & Co. Como surgiu o convite? E como tem sido a experiência?
SF: Fui convidada a participar pelo colega Pedro Pereira, autor da saga “Apocalipse”, no início do projecto. Tem sido uma experiência muito gratificante pela comunicação que envolve com os colegas, pela oportunidade de dar a conhecer o nosso trabalho, pela possibilidade de escrever em novos formatos, temas e perseguir objectivos comuns. Tenho passado uns bons bocados a pesquisar e escrever sobre temáticas bastante sugestivas, o que me agrada muito, pois força-me a sair da minha zona de conforto e enfrentar a crítica. Juntando a isto o contacto com os colegas que vivem experiências semelhantes à minha, tornou esta experiência num projecto emocionante que, na minha opinião, tem muito para dar.
MGL: Quais os teus objectivos a longo prazo como escritora?
SF: Tenho vários objectivos e alguns planos também. O principal é continuar a escrever, uma paixão que abracei há muito tempo mas que precisa de ser orientada, e continuar a perseguir formas de melhorar. Mas o mais importante é experienciar esta viagem como nenhuma outra. Afinal, não se trata de ter sucesso, ou vencer, mas de viver com esta escolha que fiz da melhor forma possível.
MGL: Queres referir algo que te pareça importante mencionar e deixar aqui algum contacto?
SF: Se é importante deve ser declarado, sublinhado e ressaltado. Por isso afirmo que é importante que apoiem projectos como o “Fénix Fanzine” que junta, e prova, o quanto um punhado de pessoas dedicadas pode fazer. Quanto aos meus contactos encontram-me por aqui http://sarinhafarinha.wordpress.com/ na maioria dos dias, senão podem enviar-me um email.
Joel Puga concluiu o curso de Engenharia de Sistemas e Informática em 2008 na Universidade do Minho. Os seus anos de formação foram passados entre os estudos, a leitura, o cinema e a escrita. Após um período de mais de dois anos como Bolseiro de Investigação, trabalha agora como programador. Para além de ter contribuído para vários artigos científicos, conta também com alguns contos publicados em fanzines e antologias.
Marcelina G. Leandro: Será que nos queres falar um pouco de ti?
Joel Puga: Nasci em Viana do Castelo no ano de 1983. Histórias fazem parte da minha vida desde que me consigo recordar. Em miúdo, os meus pais costumavam contar-me histórias todas as noites antes de dormir. Também aprendi a ler muito cedo, a minha mãe ensinou-me antes de eu ir para a escola primária, e, por influência do meu pai, comecei a procurar os livros de Dumas e Verne, entre outros. Recordo-me que, para meu desalento, a minha escola primária não tinha uma biblioteca, pelo que o meu pai me levava todos os meses à freguesia vizinha para ir buscar livros à biblioteca ambulante, que ainda não fazia paragem na nossa. Quando passei para o ciclo, tornei-me num verdadeiro rato de biblioteca. Provavelmente, passei mais tempo na biblioteca da escola que no recreio. A empregada conhecia-me tão bem que me deixava ficar lá fora das horas de serviço e trazer livros para casa por tempo indeterminado. Já na universidade, e embora eu tenha estudado em Braga, conheci, através de colegas, a loja Mundo Fantasma, no Porto, onde comprei os meus primeiros livros em inglês, que me abriu um novo mundo de leituras. Também me recordo que em minha casa se via muito cinema. Acho que comecei a ver filmes antes de saber ler graças às dobragens dos canais espanhóis. Aliás, uma das minhas memórias mais antigas é ver, numa velha televisão a preto e branco, a versão de 1953 de “A Guerra dos Mundos”. Lembro-me, também, de ver, ainda muito novo, pelo menos alguns dos filmes das sagas “Star Wars” e “Indiana Jones”, para além de uma série de outros filmes de ficção científica, “spaghetti westerns” e umas quantas das inúmeras imitações de “Conan, o Bárbaro” que foram produzidas nos anos 80. Todas estas influências exercitaram a minha imaginação, pelo que comecei a escrever também muito cedo. Lembro-me de, por mais de uma vez, ir para o meu quarto para, supostamente, fazer os trabalhos de casa, mas acabar por gastar esse tempo a escrever pequenas histórias. Também me lembro, já no ciclo, de escrever outras durante os momentos mortos das aulas. Mais tarde, comecei a escrever contos e até “revistas” a que só a família e os amigos mais chegados tinham acesso. Nesta altura, estas histórias eram, na sua maioria, fanfics (se bem que só soube que se chamavam assim muitos anos depois de as ter começado a escrever) com os nomes das personagens trocados. Só na universidade é que comecei a escrever com a intenção de publicar.
MGL: Como ex-membro do Grupo Fénix, qual achas ser o papel de fanzines e revistas, como a nossa, para os jovens autores?
JP: As fanzines são um óptimo local para os autores mais jovens se apresentarem ao público e começarem a fazer nome. Por outro lado, as críticas que se recebem, quer dos editores, quer dos leitores, podem ajudá-los a desenvolver a escrita e a ganhar confiança. E, quem sabe, pode ser que um bom conto publicado numa fanzine atraia a atenção de um organizador de um projecto com mais visibilidade ou até de um editor.
MGL: Tens participado em diferentes antologias com contos, como tem sido a experiência?
JP: No geral tem sido uma óptima experiência. Tenho recebido um bom número de opiniões encorajantes e conhecido várias pessoas (embora algumas apenas virtualmente). O ano passado foi particularmente bom. Um dos meus contos favoritos foi reeditado (na Vollüspa), tive a oportunidade de participar numa antologia organizada por uma editora profissional (Lisboa no Ano 2000) e tive um micro-conto publicado na revista Bang!. A experiência mais interessante, contudo, foi a sessão de autógrafos (a minha primeira) na Euro Steam Con ao lado dos restantes autores.
MGL: Para além dos contos, estás a trabalhar em algum projecto maior? Quais os teus planos relativamente ao teu futuro literário a este nível?
JP: Tenho dois romances na gaveta que nunca de lá deverão sair, pois que não têm qualidade (nem efectiva, nem potencial) suficiente. Ando a escrever um terceiro, cuja primeira versão já se encontra terminada, mas que ainda precisa de ser muito trabalhado antes de eu achar que está pronto para ser enviado a uma editora. Entretanto, descobri a grande quantidade de antologias que existem no Brasil dentro da literatura fantástica, alguns com temas sobre os quais sempre quis escrever, pelo que ando a trabalhar em alguns contos para lá. Por fim, e embora a prosa, curta ou longa, seja o meio em que eu prefiro escrever, e que eu nunca abandonarei, gostaria de experimentar escrever para outros, principalmente BD e Curtas Metragens. Já ando com o olho em alguns projectos para os quais espero ter tempo de escrever.
MGL: Queres referir algo que te pareça importante mencionar e deixar aqui algum contacto?
JP: Deixo apenas o url do meu blogue, journeysofthesorcerer.blogspot.pt/. Lá, podem encontrar ligações para as minhas contas do Facebook, Google+, Goodreadas, Twitter e email, assim como novidades sobre o meu trabalho de escrita e um ou outro parágrafo sobre coisas que gosto e me entusiasmam.
Inês Montenegro nasceu em Novembro de 1988, na cidade do Porto, Portugal, onde estuda actualmente. Licenciada em Direito, frequenta agora no curso de Línguas, Literaturas e Culturas, vertente Português/Inglês. Entre os seus hobbies encontra-se o gosto pela escrita e a ânsia da leitura, que abrange vários géneros, sendo, no entanto, indo as suas preferências para a Fantasia e o Romance Histórico. Em termos de publicações, tem vários contos espalhados entre Portugal e Brasil - já a escrita, a maioria fica-se pela gaveta.
Marcelina G. Leandro: Será que nos queres falar um pouco de ti?
Inês Montenegro: Querer, querer… Posso colocar a cópia do meu CC em vez da resposta? Não? Oh, well… Nasci no Porto, fui criada em Lamego, e voltei à “Inbicta” para estudar já vão uns sete anos. Aparentemente gosto muito de estudar, desde que sejam matérias diversas. Tenho a sorte de uma família que não só me passou dois grandes gostos, como forneceu e fornece os meios para os aproveitar: ler e viajar. Também me deram um nome comprido que dói, é divertidíssimo ver a cara das pessoas quando tenho preencher formulários com os apelidos todos. Oh, e não se pode falar de mim sem mencionar chocolate, mitologia greco- romana e Harry Potter. A personalidade fica ao vosso critério.
MGL: Licenciaste-te em Direito e decidiste inscrever-te em Línguas, Literaturas e Culturas, a escrita teve alguma influência nesta decisão?
IM: Alguma, mas foi muito mais culpa da leitura, a salafrário A verdade é que quando acabei o décimo segundo ano não sabia o que fazer da vida. Direito pareceu a melhor opção porque era o curso, dentro de Humanidades, que oferecia um maior leque de possibilidades depois de terminado o curso – infelizmente o plano caiu por terra quando quase no fim do curso me apercebi que ia ser uma infeliz a vida toda caso fosse obrigada a lidar com aquelas questões numa base diária, além de que Direito é uma área que envolve estudo constante. Até posso vir a ser uma infeliz crónica de qualquer maneira, mas tenho um certo gosto em não determinar já isso. No entanto, saber que determinada área não é a nossa melhor escolha não implica que saibamos de imediato qual a é. Estive cerca de ano e meio para me aperceber que a edição era opção, e provavelmente a melhor para mim – já lia livros e manuscritos com atenção ao que tinham de melhor, ao que ainda precisavam de mudar, e como o fazer. Naturalmente que nem nessa altura nem agora o faço a um nível profissional, mas irei chegar lá.
MGL: Tens tido bastante sucesso em concursos no Brasil, onde foste seleccionada para várias antologias. E em Portugal, consegues a mesma percentagem de publicações, visto também haver menos antologias?
IM: Não só há menos antologias – o que é natural, são países de geografia e nível populacional muito diferentes – como eu participo menos nelas. Em relação às antologias que se têm lançado, é mea culpa, que não acabo os contos a tempo. Os concursos são outra conversa: a política de ter de enviar X cópias impressas do conto submetido é um critério que quase sempre me leva a colocá-los de lado. Ficam-me as revistas, como a Fénix e a Nanozine, e publicações como a Lusitânia, graças às quais julgo poder responder afirmativamente à questão.
MGL: Qual será a fase seguinte? Acabar licenciatura, escrever um livro?
IM: Tenho um objectivo a longo prazo, mas as fases faço-as mais curtas – por enquanto é aproveitar esta licenciatura de modo diferente de como aproveitei a primeira, e acabá-la com um dos anitos feito no Reino Unido (que é o mesmo que dizer, quero fugir para Erasmus). Escrever um livro que fique minimamente decente seria uma vitória, mas suspeito que terei a cartola e a bengala de finalista antes de chegar a meio da pesquisa… Porque ideia já há, bem como o esqueleto. A pesquisa é que enfim, é essencial e tem sofrido adiamentos.
MGL: Queres referir algo que te pareça importante mencionar e deixar aqui algum contacto?
IM: Se houver alguma coisa importante de mencionar, só me lembrarei quando a entrevista estiver publicada – é assim que funcionam os meus genes memoriais (obrigada, herança familiar!). Como contacto fica a conta no Goodreads, ou o blog. Se os quiserem usar para combinar envio de chocolates ou transferências bancárias, seria uma pessoa feliz (bem como uma habitante de outra dimensão, provavelmente). Se, pelo contrário, pretendem espalhar pozinhos de spam, tenho um exército de macacos alados à espera das minhas ordens.